8.17.2011

A paisagem

Olha lá aquela paisagem

Faz parte de uma eternidade.

Brilha no olhar da cria,

Com o jovem ela procria,

Vive sofrimento do idoso,

Cai sem sentido amistoso.

Ela grita, ela gira, ela erra...

Ela é ela.

Olha lá, vê de novo.

Talvez não tenha percebido o idoso.

Presta um pouco mais de atenção,

Ela sempre pertencerá ao coração.

Desculpa esse jeito descontente

É o que acontece quando

a paisagem se apossa da gente.

Nua como uma prostituta

A paisagem se apresenta vestida de morte

Nua como um objeto

A paisagem cresce na nossa sorte

Olha, pela última vez

Talvez não seja tarde para encontrar

Na paisagem do final

A eternidade para morar.

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